quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A realidade da População de Rua


Higienistas ou eugenistas, fascistas, racistas  estão no DNA dessa politica de merda. Tudo isso é a realidade que Vitória vive em  2013. O Brasil  vive o  problema com  o  crack e o  prefeito quer combater  exterminando a população de rua.  No entanto, o prefeito deveria combater o crack a partir da sua origem e não apenas aonde ele termina, que é na mão do viciado, e este nem sempre são moradores de rua.

Os maiores traficantes não são aqueles que vivem nos morros, mas são aqueles que vestem terno e gravata.

"...Porém, o tráfico atua também nos bairros de classe média e rica do Estado. E porque estes jovens não são assassinados ou presos? A resposta todos nós queremos". (Campanha da Fraternidade - Fraternidade e Juventude - 2013)

Na opinião do Movimento, o prefeito deveria parar para pensar em políticas públicas para a população de rua com mais acesso  à saúde, à moradia, à trabalho e  geração de renda, à cultura e ao lazer, e parar de pensar que o morador de rua é lixo e só querer limpar.

Sim, o prefeito diz que vai retirar a população de rua, mas para aonde vai levar?
O prefeito na reportagem diz que há três maneiras de acabar com a população de rua sem internação compulsória, uma das três é criar mais abrigos. Vemos como Movimento que Vitória só tem um abrigo noturno com 32 vagas que não atende a demanda da população de rua. Apenas um Centro Pop que não comporta a população de rua de Vitória. Luciano Rezende diz também que pode ser utilizado o auxílio aluguel, algo que não existe. A terceira maneira é retorno aos familiares. O Movimento questiona Como será feito o retorno aos familiares sem conhecer o real motivo de cada morador estar na rua?.
Se o trabalho de assistência social fosse feito de maneira correta, poderia se usar todas as oportunidades, não para limpar, como a gestão atual faz, mas reconhecer que a população de rua é a sociedade.

Ao invés da internação compulsória violenta, por que não o acompanhamento digno, para que a pessoa sinta vontade de se tratar? Pois, a pessoa internada à força, sempre sentirá revolta e voltará pior.

Tudo que acontece, os moradores de rua são os culpados. A mídia e a prefeitura sempre falam que os moradores são os viciados em crack. Mas a realidade é outra. Muitos que estão na rua fazendo uso, que as  reportagens mostram, são pessoas de classe mais favorecidas, principalmente média e alta, que usam os espaços que os moradores de rua vivem, e com isso a culpa cai na população de rua.

Observe abaixo as fotos. Veja que nem todas as pessoas são moradoras de rua.







2 comentários:

  1. Discordo de você. Esses mesmos moradores de rua, têm a possibilidade (não disse oportunidade, pois a situação do abrigo existe não é das melhores. Mas pelo menos, são oferecidos comida e abrigo. E sim, eu conheço o abrigo no bairro Jabour e o outro é o pop na avenida Dário Lourenço) de ir para abrigo durante a noite. Podemos passar o dia inteiro discutindo a melhor solução para o problema das drogas. Na minha visão é um problema político, onde deveria ter um investimento em melhores centros de tratamento. Mas sabemos que quando se trata de política, estamos fodidos. Leis precisam ser revistas de um mode geral. Se você não sabe, um viciado em drogas não pode ser forçado à internação (somente Minas Gerais tem uma política de internação compulsória perante apresentação de atestado médico). Aposto que 90% dos usuários de crack nem pensam em internação, pois, o vício causado por essa "doença" sobressai a vontade de parar. E para onde esses usuário irão???
    Para as ruas. Principalmente nos pontos onde podem adquirir dinheiro fácil para bancar o vício.
    Muitos deles trabalham como flanelinhas e lavadores de carro durante o dia e viram a noite usando crack. O problema, é quando não conseguem dinheiro para continuar usando ou já estão "noiados", o que faz com que esses mesmo "cidadãos" saiam numa busca frenética por mais dinheiro/droga. Aí é que vêm o grande problema. Eles vão conseguir dinheiro ROUBANDO e sabemos o que acontece quando alguém decide reagir e lutar pelo seu bem tão suado, fruto de trabalho. Na maioria das vezes, acaba morto.
    A verdade é a seguinte meu amigo. Todos temos escolhas nessa vida. Não importa se é morador de favela ou mansão na Ilha do Boi. O problema das drogas não é uma ficção de hollywood. Todos temos exemplos de conhecidos/amigos/familiares que entraram no mundo das drogas e levaram a pior. Cabe a você decidir se vai seguir o mesmo caminho ou não. É claro que se a escolha for seguir o mesmo caminho, essa pessoa não pode ficar desamparada de ajuda de amigos/família/Estado.
    Mas o seu direito acaba quando o meu começa. Você falou em direito de ir e vir. Porque esse direito tem que ser reservado para os moradores de rua ou usuários de droga? E o MEU direito de ir e vir? E o MEU direito de estacionar na rua o carro que eu comprei com um esforço extremo e que pago em 72 pesadas prestações? Esse mesmo carro, foi assaltado 3 vezes nos últimos 2 meses em Jardim da Penha. Quem fez? um morador de rua viciado em crack que foi perseguido por mim até a pracinha de Jardim da Penha, onde estava acompanhado de vários outros. Foi preso e liberado no mesmo dia, para voltar a roubar e quem sabe, MATAR.
    Direitos humanos??
    Fale em direitos humanos para a filha ou esposa de alguém que foi morto em assalto praticado por usuário de drogas/morador de rua.
    Eu quero o meu direito de estacionar meu carro e não ser forçado/coagido a financiar o vício de outra pessoa.
    Eu quero o meu direito de andar na rua á noite e não me sentir ameaçado ao passar ao lado de vários moradores de rua usando crack, pois, sabemos que quando sobre o efeito dessa droga, são imprevisíveis.
    Eu quero o meu direito de caminhar no calçadão de camburi e não ter que desviar de vômito e merda, pois, já presenciei várias vezes esses moradores de rua que moram nos novos e superfaturados quiosques, utilizando o calçadão como banheiro (por mais incrível que pareça).

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